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28 novembro 2009

RELATÓRIO III CONFERENCIA ESTADUAL DE CULTURA

ILHÉUS - BAHIA

1º DIA

ABERTURA


A abertura da III Conferência Estadual de Cultura deu-se de forma estimulante, com discursos que evidenciaram a força de uma conferência focada no respeito à diversidade como catalisador de uma política democrática para a cultura. Dentre as falas mais interessantes, houve a de Makota Valdina, representante da cultura africana que pontuou a necessidade da desconstrução de valores estereotipados da dita cultura vigente no passado, sugerindo como exemplo dessa necessidade a consideração dos termos “inquice” e “vodun” além de “orixá”, propondo assim o reconhecimento dos vários ramos étnicos oriundos da África. Logo após deu-se a fala de Nádia Cauã, representante da cultura indígena, que depois de uma emocionante homenagem a todas as tribos indígenas presentes através de um canto, fez um apelo em prol da demarcação das terras indígenas na região de Ilhéus, ponto de conflito com os agricultores da região.
Outro momento considerável foi o discurso de Albino Rubim, Presidente do Conselho Estadual de Cultura que declarou ser diretriz do conselho a reformulação de suas regras a partir de dois objetivos: a democratização e a efetivação da representatividade do conselho em todo o Estado, com participação do maior número de municípios além de Salvador.
O Secretário de Cultura, Márcio Meirelles, em seu discurso deixou claro ser objetivo do governo Lula, através de seu ministério, reconhecer cada cidadão como agente no processo de desenvolvimento da cultura. Seu discurso foi reforçado com a fala de Juca Ferreira, Ministro da Cultura, que evidenciou o trabalho feito pela secretaria de cultura em desestruturar um sistema que contemplava os próximos e excluía os demais, considerando este fato um ponto na construção de uma política pública para a cultura mais democrática. Declarou ser uma obrigação do Estado garantir acesso à cultura e educação, caso contrário, não há possibilidade de desenvolvimento.

Por fim, o Governador do Estado, Jaques Wagner, após os vários agradecimentos a todas as representatividades presentes, fortaleceu as falas de todos, posicionou-se diante da questão das tribos indígenas e agricultores da região propondo uma negociação entre as partes promovida por ele, e desejou uma conferência proveitosa a todos.

Vale destacar a presença de um estandarte que passeava durante o evento próximo ao palco, com o escrito: “Caravana de Téspis – BRADO CULTURAL A ARTE EXCLUÍDA”.

A abertura finalizou-se com uma curta apresentação teatral de Salvador e a Orquestra 2 de Julho do Projeto Neojibá, sob a batuta do maestro Ricardo Castro.

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